Presente nas principais notícias mundiais do setor, alvo de políticas corporativas e indicadores de investimento, a sustentabilidade no meio industrial é, mais do que nunca, fator estratégico de sobrevivência e crescimento das corporações.
Ela consiste no ajuste dos processos produtivos, buscando torná-los menos prejudiciais ao meio ambiente, mantendo a eficiência de modo que a melhor preservação possível dos recursos naturais seja posta também como prioridade. Assim, produtividade industrial e meio ambiente caminham lado a lado.
Este cenário é almejado em praticamente todos os lugares, porém o caminho a percorrer ainda é longo na maioria dos países. Legislações, pressões do mercado e campanhas midiáticas têm sido feitas para que as indústrias tenham maior responsabilidade com questões ecológicas e sociais, participando ativamente de discussões globais.
Entretanto, para que melhorias técnicas sejam possíveis e acessíveis, é fundamental o desenvolvimento e a implantação de tecnologias capazes de adaptar processos. Em longo prazo, a adoção dessas tecnologias proporciona também ganhos em reputação, reconhecimento e destaque à marca da empresa.
Principais áreas da tecnologia sustentável
Nos últimos anos, diversas tecnologias foram desenvolvidas com o objetivo de reduzir os impactos ambientais gerados pelas indústrias, sem perder eficiência produtiva e evitando perdas operacionais. Num universo vasto em que todos os dias surgem ofertas de novos produtos e serviços tecnológicos, é possível separar as principais áreas às quais o setor industrial tem dedicado sua atenção e investimento.
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Reciclagem e Gestão de Resíduos
Os resíduos gerados pelas indústrias podem ser classificados em I e II – no primeiro caso são os resíduos que apresentam periculosidade ou alguma característica como inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxidade ou patogenicidade; enquanto o segundo caso abrange resíduos que não se enquadram nas classificações dos resíduos classe I, e podem ser inertes e não inertes, os quais possuem propriedades como: biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água. Se descartados de maneira inadequada, esses resíduos podem ser extremamente prejudiciais ao meio ambiente. Assim, investir num sistema de reciclagem e gestão de resíduos é essencial para o setor.
Tecnologias sustentáveis nesta área buscam evitar que haja contaminação de solo, lençóis freáticos, mares e rios, bem como a poluição do ar. O propósito é eliminar os descartes com o devido tratamento – seja de ordem mecânica, bioquímica ou térmica. As principais tecnologias nessa área atuam na reciclagem do resíduo – quando é possível gerar mudanças em seus estados físico, físico-químico ou biológico, de modo que os torne novamente matéria-prima ou produto para outro uso.
Nesta linha podem ser aplicados processos de biodigestores ou compostagem, por exemplo. Outras tecnologias comuns envolvem processos de incineração, sistemas automatizados de rastreamento, plasma térmico e biodigestores.
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Captura de carbono
Se as indústrias estiverem realmente comprometidas a atingir as metas principais do Acordo de Paris de 2015, zerando as emissões líquidas de carbono o mais rápido possível e limitando o aumento da temperatura global a 1,5°C ainda neste século, o fato é: é preciso reduzir consideravelmente a quantidade prejudicial de CO2 liberado na atmosfera.
Neste cenário, capturar o carbono das principais commodities industriais – como plásticos, cimentos e carvão – é estratégico. O CO2 recuperado com tecnologias sustentáveis reduz significativamente as emissões de gases do efeito estufa, podendo inclusive ser armazenado no solo (de onde ele veio) ou ainda levado para um local de armazenamento adequado. Além disso, é possível ainda transformar esse carbono em novos materiais plásticos muito utilizados nas indústrias, como poliuretano.
Recentemente, um novo grupo de tecnologias de redução de emissões conhecidas como CCUS permitem também que o gás seja armazenado no subsolo, ao mesmo tempo em que aumentam a produção de uma fonte de energia verde estimulante, chamada de hidrogênio “azul”. O hidrogênio tem muitos usos industriais, inclusive como combustível ecologicamente correto e livre de carbono. Isto permite que seja usado em células de combustível e motores de combustão interna, ajudando a descarbonizar indústrias de energia e transporte, por exemplo.
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Energias renováveis
Alcançar a eficiência energética é uma meta antiga do setor industrial, de modo que o desenvolvimento de tecnologias que ofereçam matrizes energéticas mais eficientes para o setor produtivo não é algo novo. Nos últimos anos, o setor de energias limpas cresceu consideravelmente e fontes como energia solar, eólica e hidroelétrica tornaram-se muito mais comuns e acessíveis. Tecnologias como a de iluminação LED também geram bons resultados, com até 50% menos emissões de dióxido de carbono e maior eficiência energética.
Painéis solares, armazéns de processamento de biomassa, fazendas de energia eólica e baterias de hidrogênio são alguns dos exemplos de soluções para captação e uso de energia renovável com base em tecnologias sustentáveis.
Neste quesito, o Brasil está em posição de destaque no cenário global. Segundo o Balanço Energético Nacional 2021, quase 85% da matriz elétrica do país é composta por fontes renováveis. E o setor industrial segue investindo cada vez mais no uso de tecnologias limpas, principalmente porque a energia chega a representar até 15% dos custos operacionais.
Dados publicados este ano pela Associação Brasileira de Comercializadores de Energia mostram que mais de 85% da energia elétrica consumida pelas indústrias brasileiras é proveniente do Ambiente de Contratação Livre, mais conhecido como mercado livre, cujo foco é negociar a distribuição de energia de fontes renováveis.
A realidade da Cetrel
A Cetrel já carrega o DNA da sustentabilidade em seu core business, ao oferecer soluções em gestão hídrica on-site e off-site, tratamento térmico e disposição final de resíduos industriais, além de desenvolver, implementar e operar soluções nas áreas de reuso de água, gerenciamento de passivos, monitoramento e gestão de dados ambientais.
No que se refere às energias renováveis, a Cetrel também segue de acordo com as principais tendências mundiais e estruturou uma área específica para cuidar do tema, visando maior eficiência energética dos seus ativos e excelência operacional.
Por tudo isso, num cenário em que as indústrias investem cada vez mais em soluções sustentáveis, a Cetrel desponta como uma empresa que serve de modelo em diversos aspectos.