Desde julho deste ano, as informações oferecidas pela Cetrel referentes ao monitoramento da qualidade do ar sofreram mudanças para atender aos critérios da Resolução 491/2018 do Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA. Vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, o órgão definiu novas regras sobre o gerenciamento de emissões atmosféricas que devem ser seguidas pelas indústrias em todo Brasil. A medida busca estabelecer valores mais seguros e adequados, visando à proteção da vida e da saúde das pessoas e dos recursos naturais.
Com base em padrões estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o novo guia técnico contempla quatro padrões de aceitação legal da qualidade do ar: o Padrão Intermediário (níveis 1, 2 e 3) e o Padrão Final (nível 4) , sendo este último mais eficaz no controle de emissões atmosféricas e que deve servir de meta para todas as indústrias. Além disso, novos critérios de classificação da qualidade do ar foram estabelecidos (bom, moderado, ruim, muito ruim e péssimo), obrigando a divulgação pública dos índices com a nova denominação, de modo que as empresas evoluam para obtenção do Padrão Final.
“Esta resolução trouxe uma evolução em termos de valores mais restritivos, definindo metas progressivas de padrões da qualidade do ar, bem como a inserção de novos poluentes atmosféricos importantes. Sabemos que existe ainda um caminho grande a ser percorrido para atingir os valores da OMS, mas aqui na Cetrel já implantamos todas as adequações à nova sistemática, em alinhamento com INEMA, empresas do Polo de Camaçari e outras entidades estratégicas ligadas ao segmento industrial”, explica Eduardo Fontoura, líder da área de Gerenciamento Ambiental da Cetrel.
Os principais ajustes feitos dizem respeito às alterações dos valores de referência dos poluentes atmosféricos e a inserção de novos parâmetros a serem monitorados, a exemplo do material particulado de tamanho 2,5 µ. Vale ressaltar também que as emissões atmosféricas têm como contribuintes não apenas as atividades industriais, mas também as fontes móveis (como emissões veiculares) – presentes em grandes centros urbanos.
Outro aspecto relevante da resolução trata da previsão de elaboração de planos de gerenciamento de emissões atmosféricas que devem ser emitidos pelos órgãos estaduais de controle ambiental. A elaboração do guia técnico com orientações sobre o monitoramento de poluentes e índice de qualidade do ar também é uma melhoria.
“Sempre buscamos estar na vanguarda, nos atualizando sobre quaisquer avanços da legislação nacional e internacional. Investimos em conhecimento, tecnologia e acreditamos que é natural que a legislação evolua, trazendo padrões mais restritivos. Por isso a Cetrel estava plenamente preparada para este novo cenário, talvez até já aguardássemos isso”, afirma Eduardo.
Monitoramento do ar
Há quase 30 anos a Cetrel é responsável pela concepção, implantação, operação e manutenção da Rede de Monitoramento do Ar e Meteorologia do Polo Industrial de Camaçari. Ao longo dos anos, a empresa investiu em inovação tecnológica, uso de equipamentos de última geração e expandiu seu serviço para outras localidades. A RMAR do Polo possui 10 estações, incluindo unidades automáticas e semiautomáticas.
As equipes que atuam nessas operações são constantemente treinadas, com capacitação nacional e internacional para oferecer um serviço eficiente, com qualidade e segurança. O sistema de gerenciamento de emissões atmosféricas do Polo inclui, além da operação e manutenção da RMAR, os seguintes itens:
- Sistema de inventários de emissões atmosféricas (SIEA), no qual todas as empresas do Polo depositam dados e informações para geração dos seus inventários.
- Sistema de gerenciamento de reclamações das comunidades.
- Sistema de previsão e alerta meteorológicos.
- Estudo de Dispersão Atmosférica.
O monitoramento do ar feito pela Cetrel engloba análise de poluentes atmosféricos, condições meteorológicas, acompanhamento de compostos orgânicos voláteis e análise de metais em filtros de particulado (por meio de summa canisters), tornando a empresa referência neste segmento. O uso de tecnologias permite ainda que as estações sejam interligadas por um sistema de telemetria que disponibiliza os dados de forma on-line e em tempo real através do site da Cetrel, Cofic e INEMA.
Os dados tratados são disponibilizados para o INEMA e para o Ministério do Meio Ambiente. Sua avaliação é essencial para orientações de curto prazo – como a recomendação ou não de certas atividades – e também para embasar estudos e construção de políticas públicas, tais como reordenamento do uso e ocupação do espaço público, logística do transporte de massa da população, programas de educação ambiental ou saúde pública. “Nosso trabalho ultrapassa as fronteiras geográficas das estações de monitoramento ou da sede de nossos clientes. Ele serve como base para melhoria do meio ambiente como um todo, gerando benefícios para a sociedade e, por isso, estamos totalmente comprometidos e nos ajustamos a quaisquer mudanças que surjam no sentido de melhorar a qualidade do ar que respiramos”, finaliza Eduardo.