Obtido a partir da quebra da molécula da água, utilizando eletricidade de fontes renováveis, o hidrogênio verde é resultado de um processo com baixa ou nenhuma emissão de carbono. Num mundo em que a descarbonização é um dos objetivos globais até 2050 e que a busca por soluções energéticas sustentáveis é cada vez maior, é evidente que o hidrogênio verde surge como uma alternativa estratégica e importante.
Basta comparar a produção anual de hidrogênio de baixas emissões em 2019 (0,36 milhões de toneladas) com a projeção feita pela Agência Internacional de Energia para 2030 (7,9 milhões de toneladas). Trata-se de um aumento de 20 vezes na capacidade global de produção, o que demonstra que o investimento nesta área tende a crescer cada vez mais.
Hidrogênio verde no Brasil
Neste cenário, o Brasil desponta como um dos possíveis líderes mundiais na produção deste tipo de matriz energética. Segundo o Hydrogen Council – associação que reúne representantes dos maiores produtores do gás no mundo – o Brasil tem condições singulares para gerar energia limpa.
A associação estima que, em 2050, a produção e a exportação do hidrogênio verde brasileiro responderão por 20% de toda a demanda de energia global, gerando um mercado de US$ 2,5 trilhões. Isto se dá porque mais de 80% da matriz elétrica brasileira já é renovável, principalmente de origem hidroelétrica.
No país, a região Nordeste tem recebido diversos projetos, investimentos e parcerias com empresas multinacionais, principalmente no Ceará, Bahia e Pernambuco. Destaque também para Minas Gerais e o Rio de Janeiro – em Minas, a Universidade Federal de Itajubá e o projeto H2Brasil (que integra a cooperação Brasil-Alemanha) estão construindo o CH2V na cidade mineira para testar a aplicação do hidrogênio verde na indústria.
Em dezembro do ano passado, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) lançou a versão inicial de uma certificação que visa garantir as condições de sustentabilidade do hidrogênio, o benefício ambiental do insumo e aumentar a confiança dos investidores.
A importância da água para o hidrogênio verde
Como já vimos anteriormente, o hidrogênio verde é resultado de um processo de eletrólise da água, em que são separadas as moléculas de hidrogênio e oxigênio. Elemento essencial neste processo, a água utilizada precisa ser limpa, pura e, o que pode ser crítico para o sucesso da operação, abundante. Para termos uma ideia, para cada megawatt de energia produzida por uma unidade de eletrólise, é preciso 4.921 litros de água. Outro exemplo: uma grande estrutura para produção de hidrogênio verde capaz de gerar 30 mil megawatts de potência consome cerca de 150 mil m³/dia de água limpa e pura – equivalente ao consumo de uma cidade com população de 1.000.000 de pessoas.
Ou seja, para tornar o hidrogênio verde uma fonte energética viável em larga escala, é necessária uma grande quantidade de água na qualidade adequada. Mais do que nunca é preciso gerenciar bem os riscos para evitar possíveis crises por escassez de recurso hídrico, por exemplo.
Uma ótima solução para um futuro problema é investir na geração de água limpa e desmineralizada, seja por meio do tratamento de água do mar, águas residuais ou águas salobras de poços profundos, por exemplo. Garantir o constante fornecimento da água de qualidade é primordial para que haja a produção de hidrogênio sem maiores problemas.
Hidrogênio verde com águas residuais
Universidades, centros de pesquisa, indústrias e empresas já estão investindo nesta opção, visando transformar água residual em matéria-prima para geração de hidrogênio verde, por meio de tecnologias de tratamento, como dessalinização por osmose reversa, filtragem e desinfecção pós-tratamento. Afinal, a produção de hidrogênio verde não será sustentável sem uma fonte de água renovável.
Na Europa, o maior projeto de hidrogênio verde localizado na Espanha, nos Parques Energéticos de Huelva e San Roque, contará com a água reciclada de uma estação de tratamento de efluentes. Também na Holanda, estudos e um projeto-piloto de dessalinização da água do mar para produção de hidrogênio verde estão avançando.
“Acreditamos que a tendência é que o Brasil também invista na geração de hidrogênio verde com base em recursos hídricos reutilizáveis. Aqui na Cetrel, temos larga experiência no tratamento de efluentes e fornecimento de água com excelentes índices de qualidade, o que nos capacita para investir com segurança neste tipo de processo. O país possui as características necessárias para se tornar uma potência global no mercado de energias sustentáveis – e nós queremos fazer parte disto”, afirma o Diretor Comercial da Cetrel, Ivan Sant Anna.
Sobre a Cetrel
A Cetrel oferece soluções ambientais em água, efluentes e reúso, incineração de resíduos perigosos, gerenciamento e remediação de áreas contaminadas, monitoramento ambiental e gestão de dados ambientais para todo o Brasil, trabalhando permanentemente para inovar e superar as expectativas dos clientes. A empresa possui certificação nas normas internacionais ISO 9001, ISO 14001, ISO 45001 e ISO 17025 e tem como clientes empresas da indústria farmacêutica e de cosméticos, química e petroquímica, óleo e gás, alimentos e bebidas, papel e celulose, mineração e siderurgia, dentre outras.
Com atuação desde 1978, a Cetrel é responsável pelo fornecimento de água (clarificada, desmineralizada, industrial e potável), tratamento e disposição final de efluentes e destinação térmica de resíduos industriais, além dos programas de gestão dos recursos hídricos e de monitoramento ambiental (água, ar e solo) do Polo Industrial de Camaçari (BA), utilizando ainda um modelo compartilhado de gestão do sistema de tratamento de efluentes. A empresa fornece também soluções de tratamento de água e efluentes on-site, ideais também para estabelecimentos com grande potencial de reúso de água, como indústrias, shoppings, instituições de ensino, hospitais, edifícios comerciais e aeroportos.
Saiba mais em: https://www.cetrel.com.br.