Na edição de 2022, o relatório nos traz a seguinte pergunta: Qual a perspectiva para o mundo nos próximos 3 anos?
Anualmente, o Fórum Econômico Mundial (do inglês: World Economic Forum – WEF) desenvolve um relatório nomeado de Global Risk Report, expondo para o mundo uma projeção dos riscos globais que impactam em diversos setores. O fórum é uma instituição sem fins lucrativos, que se reúne todos os anos em Davos (Suíça), para discutir a respeito das demandas mais necessárias pela população mundial na atualidade. Representantes das maiores empresas do mundo, políticos, jornalistas e intelectuais voltam suas atenções para uma série de discussões, dentre elas, a pauta ambiental.
O Global Risk Report já está na sua 17ª edição, e vem servindo de guia para as economias mundiais se precaverem quanto a possíveis cenários de incertezas e, desenvolverem um plano de ação que será devidamente implementado na agenda de cada companhia e/ou instituição.
Na edição de 2022 o relatório nos traz a seguinte pergunta: Qual a perspectiva para o mundo nos próximos 3 anos?
A pergunta instiga qualquer curioso, e a resposta aborda cenários positivos e negativos. Dentre as expectativas mais pessimistas, espera-se que ocorra 41.8% de volatilidade e surpresas no mercado, e um aumento de resultados negativos devido ao cenário das mudanças climáticas. Enquanto que, em um cenário mais otimista, espera-se uma recuperação global de 10.7%.
Mas como a economia global pode ser afetada?
O Global Risk Report também alerta que, além das mudanças climáticas que impactam as empresas no âmbito ambiental, outras variáveis podem ter impactos de diferentes formas, tais como geopolíticos, sociais, tecnológicos e econômicos. Nos próximos 10 anos, espera-se que as mudanças climáticas tenham um peso muito grande nas agendas ambientais, e que o maior impacto nas economias mundiais seja devido a falhas nas ações climáticas, seguido por eventos de tempo extremo e perda da biodiversidade.
As mudanças climáticas ficam a frente na preocupação dos impactos econômicos em curto, médio e longo prazo, e tais impactos são descritos nas figura 1, onde mostra que de 0 a 2 anos eventos extremos e falha nas ações climáticas terão 31.1% e 27.5% de chance de ser uma ameaça econômica, respectivamente.
Na projeção de 2 a 5 anos, observa-se que as falhas nas ações climáticas e eventos extremos têm porcentagem muito parecidas 35.7 e 34.6% respectivamente, e neste cenário mais longevo aparece, com 16.4% e 13.5%, os danos ao meio ambiente humano e perda de biodiversidade, respectivamente.
O esperado para o período de 5 a 10 anos é de que as maiores crises devam ser de fato ambientais. Falhas das ações climáticas, eventos extremos e perda de biodiversidade, seguem em primeiro lugar, com 42.1%, 32.4% e 27% respectivamente. Entretanto, em um cenário mais longo, aparecem na lista a crise dos recursos naturais e os danos do homem ao meio ambiente 23% e 21.7%, respectivamente.
Hoje, já temos visto os efeitos das mudanças climáticas no nosso dia a dia. O aumento dos eventos extremos estão sendo observados ano após ano no Brasil, vivenciamos uma das maiores crises hídricas dos últimos tempos, e tal fenômeno colocou em risco diversos setores da economia brasileira. Além do mais, diversos outros fenômenos climáticos ainda vão impactar as atividades no país.
Fonte: Terra