Geóloga formada pela UNESP com MBA em Gestão Ambiental pela FGV e pós-graduada em Especialização em Remediação de Áreas Contaminadas pelo SENAC, nossa entrevistada de hoje traz uma vasta bagagem acadêmica que, certamente, é um diferencial importante para sua atuação na Cetrel. Aos 40 anos, Patricia Guimarães conta um pouco de sua trajetória de mais de 10 anos na empresa e os desafios atuais na gestão de áreas contaminadas no país.
A Cetrel possui escritórios na região Sudeste, em São Paulo (SP), Santo André (SP) e Duque de Caxias (RJ), com um time de 144 funcionários focados em Gerenciamento de Áreas Contaminadas, com equipe técnica especializada e de grande excelência técnica, oferecendo um diagnóstico ambiental completo na área de solos e águas subterrâneas em todo o Brasil.
Cetrel: Quando você começou a trabalhar na Cetrel?
Patricia: Comecei em janeiro de 2012 com um contrato de trabalho temporário e fui efetivada em junho do mesmo ano.
C: Por quais áreas já passou na empresa?
P: De forma geral sempre trabalhei no setor de Gerenciamento de Áreas Contaminadas, contudo, esta área passou por algumas transformações e evoluções ao longo dos anos. Atualmente, faço parte da gerência de Consultoria S/SE, que está ligada a Diretoria Comercial.
Entrei na Cetrel como geóloga de campo e tive diversas oportunidades de crescimento, me tornando geóloga sênior de projetos e, posteriormente, assumindo coordenação de projetos e equipes em diferentes unidades. Recentemente, assumi a atividade de especialista em gestão de áreas contaminadas, atendendo a projetos no sul e sudeste do país.
C: Em quais aspectos a sua preparação acadêmica ajudou na sua atuação prática na Cetrel?
P: Minha base acadêmica me proporcionou conhecimentos técnicos importantes para o desenvolvimento das atividades na Cetrel, tanto nas questões mais técnicas – que exigem conhecimentos de geologia, geoquímica e estratigráfica –, quanto em questões de gestão, pois conhecia bem os processos, diretrizes e normativas que regem a área de meio ambiente. Isto foi de extrema importância para compreender como planejar e executar processos técnicos para atendimento às necessidades e requisitos legais de nossos clientes.
C: Você pôde atuar em diferentes regiões do país ao longo de 10 anos na empresa. Consegue perceber a existência de aspectos ou demandas mais distintas nesses mercados?
P: Com certeza, há algumas diferenças de legislação e dos níveis de exigência entre as regiões, no entanto, a percepção é de que clientes com bases industriais no exterior tendem a seguir padrões mais rígidos, trazendo uma bagagem de países mais rigorosos nas legislações ambientais, o que acaba guiando as demandas.
C: Quais principais oportunidades e tendências você enxerga para o setor de gerenciamento de áreas contaminadas no país?
P: O desenvolvimento de ações de remediação sustentáveis é um dos principais pontos de atenção neste momento, visto que esses processos devem ser cada vez eficientes e eficazes, buscando autonomia de energia e zero produção de resíduos.
Outro ponto importante são os contaminantes emergentes, como PFAs (substâncias per e polifluoroalquil, compostos químicos organofluorados sintéticos) e microplástico, que já estão sendo estudados, tratados e remediados em países mais desenvolvidos na área ambiental. No Brasil, estamos começando a trabalhar nisso, porém ainda há escassez de legislações que auxiliem nas exigências mínimas para tais compostos. Estamos engatinhando, mas estamos evoluindo.
C: Qual considera seu maior desafio na empresa ao longo desses anos?
P: Com certeza o processo de liderança da coordenação de grandes projetos, principalmente manter a equipe motivada, trabalhando com eficiência e excelência técnica.
C: Como você avalia seu crescimento profissional na empresa?
P: Tive muitas oportunidades e excelentes líderes e amigos no trabalho que me guiaram, auxiliaram e ainda apoiam no processo de desenvolvimento profissional. Sou movida a desafios, então sempre que me foi propiciada a chance de entrar num novo desafio, aprender e buscar pelas melhores entregas e resultados, eu agarrei com carinho e determinação. Assim venho construindo a minha carreira na Cetrel.
A busca pelo melhor desempenho, melhores resultados e inovações é constante. Ter vindo de uma função operacional de campo e ter passado por diversos cargos, chegando a este momento profissional como especialista, me faz ter certeza do quão gratificante é trabalhar para a Cetrel e dirimir os esforços, muitas vezes intensos, para contribuir com bons resultados ao grupo todo.
C: Quais valores, competências e habilidades profissionais você considera mais importantes para atuar na Cetrel?
P: Com certeza, ética é o principal ponto. E, pensando num universo ambiental no qual vivemos em constantes mudanças e evoluções, precisamos ter flexibilidade de pensamento, dinamismo, visão agregadora, empatia, sede de desenvolvimento, entre outros. Precisamos sempre vislumbrar cenários futuros, sem perder a essência de uma empresa acolhedora e justa.
C: O que espera do seu futuro profissional?
P: Poder atuar em cenários ambientais diferentes com novos desafios, seja no âmbito nacional ou, quem sabe, numa ação da Cetrel em outros países. Continuar aplicando e aprimorando meus conhecimentos como especialista, atuando nos projetos de contaminantes emergentes, agregando valor técnico a empresa.