É de conhecimento geral que a atual crise hídrica no estado da Bahia é a pior nos últimos 100 anos. De acordo com o responsável pelo Gerenciamento Ambiental da Central de Tratamento de Efluentes Líquidos (Cetrel), Eduardo Fontoura, em 2016, a média do índice pluviométrico na região foi de apenas 765mm. “Anteriormente tínhamos índices típicos de 1600mm, e já vínhamos observando um decréscimo da pluviosidade nos últimos anos. E isso tem afetado os reservatórios superficiais”, afirma. Com o objetivo de atuar de forma sustentável em seus processos diários, a Cetrel vem investindo de forma significativa em projetos de reuso e no melhor equilíbrio na matriz de água bruta (água subterrânea/ água superficial), de forma que haja uma menor vulnerabilidade em relação a esse recurso natural.
“Foram mais de R$15 milhões nos últimos anos. Para tornar os processos cada vez mais sustentáveis, a Cetrel e sua controlada a DAC – Distribuidora de Águas de Camaçari, capta, trata e distribui para boa parte das empresas do Polo. A captação de água bruta é feita tanto de águas superficiais quanto de águas subterrâneas, entretanto, algumas delas possuem sistemas próprios”, comenta Fontoura, que ressalta a importância do investimento, pois cada vez mais a água tem ficado escassa, além da concorrência com as demandas do recurso natural para consumo humano. “Ou investe-se nessas práticas ou o negócio pode se tornar inviável e insustentável. O maior desafio será as empresas cada vez mais buscarem uma maior ecoeficiência, não só em termos de recursos hídricos, mas também de energia elétrica, menor geração de efluentes, menor geração de resíduos e emissões atmosféricas e menor uso de matérias primas dentro dos princípios da sustentabilidade. O desafio é grande, mas com ações corretas, é possível”, finaliza.